quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Consílios da Igreja Católica

O CONCÍLIO VATICANO II É O 21º NA LISTA DOS CONCÍLIOS ECUMÊNICOS Percurso histórico dos 20 Concílios anteriores Mons. Vitaliano Mattioli* No dia 11 de outubro de 2012 celebra-se a abertura do Concílio Vaticano II, o 21º na lista dos Concílios Ecumênicos. Trata-se de uma oportunidade histórica para lembrar os últimos 20 Concílios Ecumênicos. Na verdade o primeiro Concílio foi aquele de Jerusalém, citado por S. Lucas nos Atos dos Apóstolos (cap. 15), em torno do ano 50. Chama-se Apostólico porque convocado pelos Apóstolos para resolver algumas questões sobre os judeus convertidos ao cristianismo e a sujeição à lei de Moisés. Em seguida foram celebrados alguns concílios locais. Depois da paz de Constantino e do Edito de Milão (na verdade, foi proclamado em Tessalônica), no ano 313, o exercício da nova religião cristã foi reconhecido no Império e a Igreja ganhou a sua liberdade no sentido de que saiu da clandestinidade: de religião não lícita passou a ser reconhecida como religião lícita. Define-se um Concílio Ecumênico quando não é celebrado por uma Igreja particular, como por exemplo aquele de Elvira (Espanha) no 304, e quando tem a característica de universalidade, quando se convoca todo o Ecúmeno, ou seja os Bispos das várias dioceses. Leva o nome da cidade onde foi celebrado. I) – Primeiro Concílio de Nicéia (Turquia -19 de Junho a 25 de Julho de 325) Foi convocado pelo "Imperador Constantino para examinar a doutrina de Ário que negava a divindade de Cristo. Este Concílio condenou a doutrina de Ário e definiu o dogma da divindade de Cristo. Formação do Símbolo Niceno (fórmula breve do Credo). II) – Primeiro Concílio de Constantinopla (Turquia - de maio a Julho de 381). Definiu o dogma da divindade do Espírito Santo. O Espírito Santo é Deus, como o Pai e o Filho. Formação do Símbolo Niceno-Costantinpolitano (fórmula longa do Credo). III) – Concílio de Éfeso (Turquia - 22 de Junho a 31 de Julho de 431). Contra Nestório, proclamou o dogma de Maria Mãe de Deus, a Teothokos. IV) – Concílio de Calcedônia (8 de outubro a 1 de novembro de 451). Condenação do monofisismo. Declaração de que em Cristo há duas naturezas (divina e humana), na única pessoa divina. V) – Segundo Concílio de Constantinopla (Turquia -5 de maio a 2 de Junho de 553). Confirmação das anteriores heresias cristológicas e trinitárias. VI) – Terceiro Concílio de Constantinopla (Turquia -7 de Novembro de 680 a 16 de Setembro de 681). Condenação do monotelismo. Em Cristo há duas vontades (humana e divina), assim como há duas naturezas, embora sendo uma a pessoa, aquela do Verbo. VII) – Segundo Concílio de Nicéia (24 de Setembro a 23 de outubro de 787). Sobre a licitude do culto de veneração (e não de adoração) das imagens sagradas, colocando um ponto final na luta iconoclasta. Este segundo Concílio de Nicéia é o último Concílio reconhecido pela Igreja Ortodoxa. O Oriente, com o Concílio de Santa Sofia (879-880) decidiu não reconhecer mais os Concílios celebrados mais tarde pela Igreja de Roma. Esta decisão foi um precedente que levou ao cisma definitivo do 16 de Julho de 1054. VIII) – Quarto Concílio de Constantinopla (Turquia - 5 de Outubro de 869 a 28 de fevereiro de 870). Tentativa de resolver o cisma do Patriarca Fócio. Confirma-se a licitude do culto às imagens sagradas e o primado do Romano Pontífice. IX) – Primeiro Concílio de Latrão (Roma - 18 a 27 de marco de 1123). Contra o sistema da investidura leiga. Defende-se o direito da Igreja na eleição e consagração dos Bispos. Também condena-se a simonia. X) – Segundo Concílio de Latrão (Roma - 4 de abril de 1139). Formularam-se alguns cânones sobre a disciplina do clero. XI) – Terceiro Concílio de Latrão (Roma, do 5 a 19 de março de 1179). Condenação da heresia cátara; promulgação das leis contra a simonia; estabelecem-se normas e critérios para a eleição papal. XII) – Quarto Concílio de Latrão (Roma - 11 a 30 de Novembro de 1215). Condenação dos erros trinitários de Joaquim de Fiore. Obrigação mínima da confissão e comunhão pascal. Definição da criação como ato livre de Deus. XIII) –Primeiro Concílio de Lião (França - 28 de junho a 17 de julho de 1245). Ele reafirma a legitimidade do novo casamento após a morte de um cônjuge. Esclarecimento sobre o purgatório, inferno, céu. XIV) - Segundo Concílio de Lião (França -7 de maio a 17 de Julho de 1274). Elaborou-se um regulamento para o conclave. Confirma-se a doutrina sobre o Espírito Santo, sobre a sorte das almas depois da morte e sobre o primado do Romano Pontífice. XV) – Concílio de Viena (França – 16 de outubro de 1311 a 6 de maio de 1312). Supressão da Ordem dos Templários. Sustenta-se que a alma é forma substancial do corpo. XVI) – Concílio de Constança (Suíça - 5 de Novembro de 1414 a 22 de abril de 1418). Solução do grande cisma do Ocidente. Condenação dos erros de Wicleff e de Huss. Esclarece-se a relação entre o Papa e o Concílio. XVII) – Concílio de Basiléia, Ferrara, Florença, Roma (Suíça - Itália, 23 de Julho de 1431 a 7 de maio de 1437). Declarações sobre o Espírito Santo, sobre a Eucaristia e sobre os Novíssimos. XVIII) – V Concílio de Latrão (Roma - 3 de maio de 1512 a 16 de marco de 1517). Declarações sobre a imortalidade da alma e decretos sobre a reforma da Igreja. XIX) – Concílio de Trento (Itália - Roma – 13 de dezembro de 1545 a 4 de dezembro de 1563). Concílio da Contra-Reforma para corrigir os erros de Lutero e confirmar e esclarecer a doutrina da Igreja na sua totalidade. XX) – Concílio Vaticano I (8 de dezembro de 1869 a 18 de Julho 1870). Declaração sobre a Doutrina da fé católica contra o liberalismo e o racionalismo. Sobre a estrutura da Igreja. Define-se o Primado do Papa e a sua infalibilidade. XXI) - Concílio Vaticano II (11 de outubro de 1962 a 7 de dezembro de 1965). * Mons. Vitaliano Mattioli, nasceu em Roma em 1938.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

consumo de carne

Consumo de frango já supera o da carne bovina

Nada como um bom tempero para dar jeito. A carne está mais cara e é hora de apelar ao franguinho ou o pescado para não deixar o orçamento desandar. As opções já ganham mais espaço no cardápio,com preços vantajosos. A troca de ingredientes é boa para quem cuida da saúde.

“Estamos comendo mais carne suína, miúdos de galinha, coisas que não costumávamos, por causa do preço da carne. Só não compramos mais peixe porque o preço é absurdo e rende menos”, contam as amigas Andrea Ferreira e Simone Gomes.

A estudante Letícia Freitas cozinha para a família e incluiu mais frango na dieta. O taxista Floriano Marques também tem preferido o frango. “Não deixo de comprar carne, mas reduzi bastante”, diz.

Não faltam opções para deixar o prato nutritivo e saboroso sem carne bovina. De acordo com Domingos Martins, da União Brasileira de Avicultores (Ubabef), o consumo de aves barrou o de carne vermelha desde 2008.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela ainda que o consumo de derivados de porco também cresce. Nas próximas semanas, o preço da carne vermelha deve subir menos. Na primeira semana de outubro, a alta chegou a 5,42%, segundo o economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas.

Braz, que atribui a elevação a falhas de planejamento, avisa que os preços do frango, peixe e porco subiram afetados pela demanda maior, mas em escala menor. Com preços em queda, a sardinha é a melhor pedida.

A cada R$ 10, R$ 2,50 são gastos com frango

O aumento do consumo do brasileiro é notado nas vendas de alimentos, com destaque para as aves e o frango em especial. “De cada R$ 10 a mais na renda, o consumidor compra mais R$ 5 em comida e metade disso no frango”, defende Domingos Martins, da Ubabef. De acordo com a Conab, a produção subiu 12,77% no primeiro semestre deste ano e o consumo anual por pessoa, em 2009, foi de 38,6 quilos, contra 32,8 quilos em 1994. Já a carne bovina ficou em 35,2 quilos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cuidados com a soja

14/10/2010

Inoculação a cada safra é fundamental para aumentar rendimento da soja

Embora, em geral, não seja detectada a deficiência de nitrogênio na cultura da soja em áreas onde tradicionalmente se cultiva esta espécie no Brasil, ganhos significativos no rendimento de grãos têm sido alcançados quando a aplicação de inoculantes nas sementes - com estirpes de bactérias fixadoras de nitrogênio - é realizada todos os anos. Resultados de estudos da Embrapa com diferentes cultivares e diversos sistemas de manejo, nas principais regiões produtoras de soja no País, abrangendo as regiões Sul e Centro-Oeste, indicam, em média, aumento em torno de 4,5% no rendimento da cultura.

De acordo com pesquisa realizada na Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), nas últimas dez safras de soja (2000/2001 a 2009/2010), em áreas de cultivos tradicionais e com população elevada da bactéria (rizóbio), que nodula e fixa nitrogênio em soja, mostraram que os ganhos de rendimento de grãos com a reinoculação (inoculação a cada safra) foram, em média, de 9,1% em relação às plantas que não haviam sido inoculadas nos mesmos períodos considerados. O ganho potencial representou um saldo de quase três mil quilos de grãos por hectare, considerando as dez safras avaliadas.

“O produtor deve usar o inoculante sempre, em todas as safras, mesmo porque é um insumo de baixo custo e o seu uso traz retornos econômicos significativos para o agricultor”, explica o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Fábio Martins Mercante.

Fatores nutricionais ou ambientais também devem ser considerados para aumentar os benefícios do uso de inoculantes na cultura da soja. A fixação biológica de N2 pode ser afetada drasticamente, por exemplo, pela deficiência de fósforo (P). Da mesma maneira, a falta de cálcio (Ca) pode afetar o desenvolvimento da planta, o estabelecimento da bactéria e a interação planta-rizóbio.

O pesquisador relaciona ainda os fatores ambientais, como temperaturas elevadas do solo (principalmente acima de 36ºC) e estresse hídrico, que afetam desde a sobrevivência da bactéria até as etapas da interação entre a planta e a bactéria (rizóbio). “Nesta situação, manejos do solo mais conservacionistas, como o sistema plantio direto, são de extrema importância, porque contribuem significativamente para a redução da temperatura nas camadas mais superficiais, além de contribuir para manutenção da umidade do solo”, explica.
Fonte: Só Notícias

Alimentos para o Mundo

14/10/2010
Concorrência internacional por terras de produção agrícola está aumentando
A situação de alimentos nos países pobres continua se deteriorar. No Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, o número de pessoas famintas em todo o mundo alcançou a inacreditável marca de 925 milhões. "Mesmo acreditando no melhor cenário possível, as nações mais pobres falharão em grande escala para alimentar suas próprias populações nas décadas vindouras", disse Harald von Witzke, presidente do Fórum Humboldt para Alimentos e Agricultura. "Este déficit que vem crescendo rapidamente somente pode ser atendido se as nações mais ricas forem capazes de produzir e exportar mais alimentos. Até agora, a UE tem fechado os olhos para esta crise iminente. Apesar da necessidade urgente de uma ação imediata, este importante assunto recebeu pouca ou nenhuma publicidade."

Fonte: Agrolink
14/10/2010
Conab coordena estudo inédito sobre perdas na produção
Técnicos da Conab, da Embrapa e de outras instituições parceiras estão reunidos esta semana no Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos (CDRH) da Companhia para debater as perdas na pós-colheita de grãos no Brasil. A ação, que é coordenada pela Conab, é inédita no Brasil. Seu objetivo é identificar estas perdas nas etapas de armazenamento e transporte dos produtos agrícolas. O levantamento leva em consideração, por exemplo, a localização do produto, a diversidade climática e as características do armazém, dentre outros fatores. O encontro segue até sexta-feira (15). Esta é a segunda reunião do grupo. A primeira ocorreu em maio, na sede da Embrapa.
Fonte: CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento

domingo, 12 de setembro de 2010

Especulando com a fome

Jornal vaticano preocupado pela instabilidade do mercado agrícola difunde a advertência das Nações Unidas.
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 10 de setembro de 2010 (ZENIT.org) - O jornal da Santa Sé recolheu informações que mostram grande preocupação pelo aumento do preço do trigo e a instabilidade isso que pode provocar no mercado agrícola.
L'Osservatore Romano, em sua edição italiana de 9 de setembro, difunde o apelo da ONU à comunidade internacional para responder rapidamente e com eficácia ao retorno da instabilidade nos mercados agrícolas.
A advertência - informa L'Osservatore Romano - foi lançada na última terça-feira pelo relator especial das Nações Unidas sobre o direito à alimentação, Oliver De Schutter, que poucos dias depois dos protestos do pão em Moçambique, denuncia a especulação que causa o encarecimento dos alimentos, sobretudo nos países pobres.
"Não fazer nada seria inaceitável", acrescentou De Schutter, em um comunicado difundido na terça-feira em Genebra. O relator da ONU recorda que, em 2008, a crise alimentar pegou muitos governos de surpresa, ainda que "hoje compreendemos muito melhor o que devemos fazer para tornar realidade o direito à alimentação. Os especialistas fizeram seu trabalho. Cabe agora aos governos passar à ação".
Com relação a isso, De Schutter sublinha que, apesar dos compromissos assumidos em 2008, foi feito muito pouco; e adverte que, na reunião especial convocada em Roma para o próximo dia 24 de setembro pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), deve-se superar o nível de mera denúncia e tomar medidas sobre a especulação e as reservas alimentares.
"O aumento dos preços se acentua pela especulação dos agentes comerciais cuja atividade não está suficientemente regulada", denuncia o relator da ONU, enquanto "as populações dos países pobres e os importadores diretos de produtos alimentícios são os mais afetados".
Schutter também faz um convite aos doadores, para que aumentem seu apoio aos países pobres que importam alimentos.
O comunicado sublinha que, no último mês, após a proibição de exportação de cereais anunciada pela Rússia e a especulação gerada por isso, os preços dos alimentos nos mercados internacionais subiu 5%, chegando ao nível mais alto desde setembro de 2008. E isso precisamente quando a produção de cereais em 2010 se anuncia como a melhor colheita da história.
(Por Nieves San Martín)